Unidade: Centro Integrado Nossa Senhora de Fátima
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Agosto Lilás: Mês de Conscientização pelo Fim da Violência Contra a Mulher
Os colaboradores do CIAS Nossa Senhora de Fátima encerraram o mês de agosto assistindo a uma palestra sobre a violência contra a mulher, tema que ganha visibilidade na campanha Agosto Lilás.
A unidade convidou a Assistente Social, Paula Lelis, a Psicóloga, Juliana Codato e a Enfermeira, Andressa Maia, que trouxeram dados da violência contra a mulher no Brasil e explicaram os fatores culturais que reforçam esse padrão.
Agosto Lilás é uma campanha dedicada à conscientização e ao combate da violência contra a mulher, promovida anualmente para dar visibilidade ao tema e ampliar a divulgação sobre os direitos das mulheres em situação de violência. Esta campanha é essencial para alertar a sociedade sobre as diversas formas de violência que afetam as mulheres e incentivar a busca por justiça e proteção.
O Que é Violência Contra a Mulher?
A violência contra a mulher é definida como qualquer ação ou omissão baseada no gênero que cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico, e dano moral ou patrimonial. Essa violência pode ocorrer tanto no ambiente doméstico quanto em locais públicos. A cultura, política, religiões e as próprias famílias muitas vezes perpetuam a violência através de normas e comportamentos que legitimam a subjugação da mulher.
Os Tipos de Violência
A violência contra a mulher se manifesta de várias formas, todas previstas na Lei Maria da Penha:
- Violência Física: Inclui bater, ferir, sacudir, estrangular e até tentativa de homicídio
- Violência Sexual: Abrange estupro, impedir o uso de contraceptivos, forçar matrimônio ou gestação, e limitar os direitos sexuais e reprodutivos
- Violência Psicológica: Envolve ameaças, humilhação, coação, perseguição, e o controle de contatos sociais e atividades da vítima
- Violência Patrimonial: Refere-se à destruição de documentos, apropriação de bens, privação de recursos econômicos, e danos ao patrimônio
- Violência Moral: Inclui expor a vida íntima, fazer falsas acusações, e ridicularizar a mulher.
O Ciclo da Violência
A violência contra a mulher segue um ciclo composto por três fases principais: tensão, agressão e reconciliação. Esse ciclo é reforçado por fatores como dependência econômica e emocional, falta de rede de apoio, vergonha, medo, falta de informação, culpa e baixa autoestima.
Como Combater a Violência Contra a Mulher
O combate à violência exige uma abordagem multifacetada que inclui conhecimento, educação, mudanças individuais e sociais, e políticas públicas robustas. A Lei Maria da Penha, por exemplo, tipifica as violências e determina penas aos agressores, além de estabelecer medidas de cuidado e proteção para as vítimas e seus dependentes.
A Importância da Rede de Apoio
Para romper o ciclo de violência, é fundamental que as vítimas tenham acesso a uma rede de apoio que inclua serviços de saúde, assistência social, segurança pública, e serviços especializados. A saúde pública desempenha um papel crucial, com a notificação de casos de violência, cuidados físicos e mentais, e encaminhamentos necessários.
Onde Buscar Ajuda?
As mulheres em situação de violência podem buscar apoio em diversos serviços:
- Saúde: Atendimento médico e psicológico, profilaxia, e aborto legal em casos previstos pela lei
- Assistência Social: CREAS, Casa da Mulher Brasileira, e serviços de auxílio, como aluguel social
- Segurança Pública: Delegacias especializadas, medidas protetivas, e registro de ocorrências em qualquer delegacia
- Serviços Especializados: Centros de defesa, unidades móveis de atendimento, e canais de denúncia como o 180 (Central de Atendimento à Mulher) e o 190 (Polícia)
O Agosto Lilás é um lembrete crucial da necessidade de continuar lutando pelo fim da violência contra a mulher. A conscientização, o fortalecimento das redes de apoio, e a aplicação rigorosa das leis são essenciais para proteger as mulheres e promover uma sociedade mais justa e segura para todos.